quinta-feira, 18 de novembro de 2010



HOMOFOBIA segundo o Houaiss: [substantivo feminino] rejeição ou aversão a homossexual e a homossexualidade

Etimologia
hom(o)- + -fobia

"A homofobia define o ódio, o preconceito, a repugnância que algumas pessoas nutrem contra os homossexuais. Aqueles que abrigam em sua mente esta fobia ainda não definiram completamente sua identidade sexual, o que gera dúvidas, angústias e uma certa revolta, que são transferidas para os que professam essa preferência sexual. Muitas vezes isso ocorre no inconsciente destes indivíduos".

Estudo comprova: homofóbicos podem ser gays enrustidos


> Mais sobre o conceito de homofobia [clique aqui]


CONTRA O PRECONCEITO E A FAVOR DA DIVERSIDADE

"Diversidade" não significa "desigualdade". Somos todos diferentes — na cor, no sexo, na religião, na raça, no gênero, na forma, no conteúdo — e isso não quer dizer que nenhum de nós é superior ou inferior ao outro. Somos todos iguais. Por mais contraditório que isso possa parecer. Diferentes por fora, iguais por dentro. Os sentimentos nos igualam. Todos sentimos alegria, tristeza, felicidade, infelicidade, compartilhamos afetos, fazemos planos, sonhamos.

São as nossas diferenças — de toda ordem — que nos fazem mais interessantes, nos fortalecem e nos tornam mais ricos, pois somos a mistura de várias culturas. São elas que deveriam nos juntar.

Por isso, é desanimador saber que há pessoas que cultivam preconceitos vários e incentivam a discriminação por motivos frágeis, tornando mais triste o mundo em que vivemos. Em nome de uma "raça superior", Hitler cometeu um crime abominável contra a humanidade (não apenas contra os judeus).

Por isso, é desalentador saber que o número de agressões e crimes de morte contra homossexuais vem aumentando no mundo, especialmente, no Brasil. A rádio CBN, em 17 de novembro de 2010, informou que apenas no Rio de Janeiro, nos últimos 30 dias, foram recebidas 60 denúncias desse tipo.

Por isso, é estarrecedor saber que a Universidade Presbiteriana Mackenzie declarou-se contra a Lei da Homofobia, contrariando a principal Lei de Deus, que é o Amor: "O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei" (João 15:12).

> Declaração na íntegra  [clique aqui]

O texto foi publicado no site da Mackenzie no dia 16 de novembro de 2010 e retirado logo depois, diante da polêmica que causou no Twitter.


PARA NÃO ESQUECER


Neruda: um cogito

de Pablo Neruda


Qual é o trabalho forçado
de Adolf Hitler no inferno?

Pinta paredes? Cadáveres?
Fareja o gás de suas vítimas?

Terá que ingerir as cinzas
dos meninos calcinados?

Ou desde sua morte há de
beber sangue num funil?

Ou lhe martelam na boca
os dentes de ouro arrancados?

Ou sobre arames farpados
lhe concederão dormir?

Vão ver sua pele tatuada
nos abajures de adorno?

Ou negros mastins de fogo
dele se incumbem no inferno?

Deve de noite e de dia
em trégua andar com seus presos?

Ou morrerá pouco a pouco
sob o mesmo gás eterno?

[Tradução de m.c. ferreira]


UMA PERGUNTA | REFLEXÃO

Por que o homossexualismo incomoda tanto as Igrejas?

Homofobia nas Igrejas e Suicídio



Entenda Melhor a Homossexualidade


quarta-feira, 17 de novembro de 2010



LEITURA

Artigos sobre homofobia, cuja leitura recomendamos:

> Livros de ensino religioso em escolas públicas estimulam homofobia e intolerância, diz estudo [clique aqui]

> Escolas e colegas são hostis a alunos e alunas homossexuais, aponta pesquisa [clique aqui]

> Pesquisa revela que 87% da comunidade escolar tem preconceito contra homossexuais [clique aqui]

> Discriminação afeta desempenho escolar de alunos homossexuais [clique aqui]


SOBRE PRECONCEITO

por Paulo Wainberg(*)

O tema do preconceito é espinhoso para a humanidade.

Acredito que, de um modo ou de outro, somos todos preconceituosos, levados por nossa instintiva xenofobia. Isto é, somos racistas. Essa característica está inserida no plano dos sentimentos humanos, que se expressam, intimamente, por não gostar desta ou daquela raça, desta ou daquela condição.

Posso, por exemplo — e não é o caso, apenas para exemplificar — não gostar de índios. Se me submeter a esse sentimento, o passo seguinte é a discriminação, esta sim, inadmissível, condenável e, pelas leis de quase todo o mundo civilizado, crime de racismo. Porque discriminar é pôr o preconceito em prática, dar-lhe vazão.

Nossa inteligência, dom superior, leva à reflexão e, como todos os outros demônios que frequentam nossa psiquê, o preconceito e o racismo devem — e são — administrados pela razão, para que não pratiquemos a discriminação.

Neste ponto o Brasil é cínico e hipócrita. Cínico, porque nega o preconceito. A sociedade brasileira, como um todo, não se diz racista. Entretanto, pratica o racismo de várias formas, através de manifestações, umas graves, outras mais amenas e circunstanciais.

Os Estados Unidos, por exemplo, admitem claramente ser uma sociedade racista. Porém não é hipócrita nem cínica e, mesmo racista, é extremamente rigorosa no tocante à discriminação, tão rigorosa que, quando discriminava os negros, fazia de forma aberta, estabelecendo um plano "separatista" de convivência. Que desapareceu como uma conquista da população negra, através de seus expoentes Martin Luther King, Malcon X e Muhamad Ali (ex Cassius Clay).

A partir da Lei dos Direitos Civis, a discriminação racial nos EUA tornou-se crime hediondo, sujeito às mais duras penas. No entanto, o preconceito desapareceu, por lá? É claro que não. As pessoas são preconceituosas como sempre foram, mas não discriminam. E, na medida em que o tempo passa e a convivência aumenta, os sentimentos racistas arrefecem e tendem a desaparecer.

O Brasil precisa enfrentar de vez a questão do preconceito, sobretudo, pela nossa diversidade racial e cultural. Temos que admitir o problema para resolvê-lo.

Por isso, ações de enfrentamento da questão, sem conceder e sem ceder, são fundamentais e elogiáveis. Aos poucos, nossa consciência perceberá que, como seres humanos, somos todos iguais e que nossas diferenças ou opções não nos fazem melhor ou pior do que ninguém.

[Em e-mail enviado pelo autor à mãe da aluna Sophia Guimarães]

(*) Paulo Wainberg (Porto Alegre/RS). Advogado e escritor. Tem 12 livros publicados. Os mais recentes: Nem tudo é podre no reino do lixo (romance, Ed. Mercado Aberto), A mãe judia o gênio cibernético e outras histórias (crônicas e contos, Ed. AGE), Os malditos (romance, Ed. Bertrand), Um outro vagabundo toca em surdina (crônicas, WS Editora) e Unhas (romance policial, Ed. Leya Brasil).


Dia 17 de maio: DIA INTERNACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA

Comemore. Participe. Acrescente à palavra Diversidade outro sinônimo:

S O L I D A R I E D A D E !

REFERÊNCIAS

Imagens e textos [links nas respectivas postagens] coletados na internet.